Animais e lendas da vida de um Homem.

Animais e lendas,destes sigo minhas sendas incontáveis...da cabra tenho um tento,de sábios ensinamentos.dos touros mais preciosos,carrego angustias e regalos,e deles vos falo com todo meu ser...do par me fez tocar,o gozo da terra a chama das trevas,ódio e pena,nada mais carrego de tal problema...e o carangueijo?.o que mais me trouxe aquele beijo? Ah me prendeu pelo dedo aquela coisa de medo podia chamar,mas uma coisa sei,mesmo me incomodando dele não posso me separar.me vi com o rei das feras,tão imponente e serena ela era.me abandona ao orgulho com um rugido sentido de quem não mostra o temido,e verdadeiro perigo.de seu coração partido...me faz caminhar sozinho.eis que enfim encontro a donzela em meu caminho.piedosa e bela,com tanta sede de amar,se vê relegada ao sonhar,que perdura até o despertar,causado pelo tilintar de pratos,que me traz o maltrato de em tudo julgar.adorada perfeição,jamais irei provar...me vejo perdido de novamente.eis que então ali em frente vem o engodo me desnudar.a bela fera que me fez sonhar.em suas garras me fez sonhar!.com seu veneno a me inebriar.de sua boca brota a fúria,que minha carne anseia devorar.perdido os sentidos pensei naquele abrigo mordaz,que jamais pude provar.aquela besta encantadora,de duas faces demonstram honra,mas meu peito só soube ferir,com seu temível galopar.que quase nada fez restar.no solo de seu livre rumar.ali perdido,eis que me lembrei de um velho amigo.seriedade mostrava no olhar,ainda que não cessasse o brincar,me ensinou a ser homem,e sem medo o destino enfrentar.eis que da morte certa enfim pude escapar,fugi desesperado e sem pensar,no mais belo lago..ah .em fim repousar,um corpo cansado,nas águas a olhar,minha imagem reflectida,de certo mais bela que a real devia estar.nestas águas reflito.quantas magoas irei tomar.pra evitar a morte em fim encontrar...a destra um som pude escutar.um peixe em fim pude encontrar.e minha fome amarga pude sacrificar.a carne e o sangue,em fim pude degustar.só me resta então.neste canto deitar.e olhar para o céu que a todos ilumina...

Rodrigo De Sousa